De qual lugar surge a palavra
Antes de chegar à língua...
Percorrendo o caminho inverso
Do que nos dá vida?
A comida vai da boca à cloaca
A palavra, vomitada
Da cloaca à boca é parida.
Veja bem.
O que me alegra
Sai por meu membro rijo
Despejando, vivo
Em uma só pincelada
Todo o regozijo, contido,
Desta minha empreitada.
Ora!
Não há por que escrever
Se meu punho está ocupado
A me dar prazer.
Já o que me enoja
Acabrunha e empalidece
Torna-se o sumo de todo o meu sistema
Nervoso.
Sêmen de toda a minha rede
Neural.
Veneno cultivado no fígado
A que dói mais não é vociferada.
Goteja, lentamente urdida
A bílis por anos engendrada.
Destilada cada gota
Transforma-se em tinta
Cuja caneta é o canal.
Esporro a palavra câncer ao vento
Com o único intento
De me livrar do mal.
Glauber?
ResponderExcluirQuanto à minha motoqueira, digo, motociclista, eu a encontrei numa certa "Confraria da Hayabusa". Pensei em colocar o nome da confraria como título do texto, mas achei melhor evitar confusão com o pessoal das duas rodas. hahah
Há braços!!
Rs... eu tive problemas com a Cruz de Ferro :)
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